Encontramo-nos perante uma das maiores crises da humanidade: a de que nada é esquecido, muito menos a religião. O motivo disso não é a maldade da civilização contemporânea, mas a própria evolução cultural e suas consequências, pelas quais não se devem lamentar. Pelo contrário, a grande crise das religiões vislumbra uma nova vida, e nós paramos em uma espiritualidade sem ambiguidades. A religião - uma vez superada sua missão de programar coletividades - surge livre dos limites estabelecidos pelas crenças e pela ortodoxia exclusiva, e assume a forma de uma espiritualidade criativa e, por sua vez, herdeira da rica e diversificada tradição espiritual de toda a humanidade.